O que restou da agência humanitária americana, descontinuada no início do ano, será absorvido pelo Departamento de Estado. Ajuda externa continuará, mas alinhada aos interesses do governo Trump, segundo Marco Rubio. Segurança revista caixas da USaid, maior agência humanitária dos EUA que Elon Musk quer fechar.
Fernando Vergara/ AP
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi oficialmente encerrada na terça-feira (1º) pelo governo americano, afirmou o secretário de Estado, Marco Rubio.
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O que restou da agência humanitária americana, descontinuada por Trump no início do ano, será absorvida pelo Departamento de Estado. Em comunicado publicado no site da pasta, Rubio renovou críticas já feitas pelo governo americano à USAID, como a de que a agência seria "ineficaz".
"Essa era de ineficiência sancionada pelo governo chegou oficialmente ao fim. (...) A partir de 1º de julho, a USAID deixará oficialmente de implementar a assistência externa. Os programas de assistência internacional que estiverem alinhados com as políticas da administração — e que promovam os interesses dos Estados Unidos — serão administrados pelo Departamento de Estado, onde serão executados com mais responsabilidade, estratégia e eficiência", afirmou Rubio.
A ajuda externa do governo americano continuará, porém, alinhada aos interesses do governo Trump e priorizando os interesses nacionais dos EUA, segundo Rubio, que não deu mais detalhes sobre o que quis dizer com a fala.
A USAID administrava toda a ajuda humanitária externa que os EUA forneciam para o mundo, que tinha grande abrangência de países beneficiados e de programas, e seu fechamento causou temores sobre o futuro das causas beneficiadas. Um estudo da revista científica The Lancet afirmou nesta semana que o corte de financiamento americano à ajuda humanitária internacional pode resultar em mais de 14 milhões de mortes até 2030.
O fechamento da USAID compõe a política de congelamento da ajuda externa global fornecida pelos EUA, adotada por Trump desde que reassumiu a Casa Branca, em janeiro. As medidas são tomadas sob a premissa de “EUA em primeiro lugar”.
Esta reportagem está em atualização.